Núcleo de temática e iconografia Franciscana

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São Francisco de Assis

Escultura de Vulto concebida em madeira policromada, estofada e carnada, de produção correspondente a um núcleo / oficina portuguesa de cariz erudito. Enquadrável nas diretrizes próprias da imaginária religiosa do século XVII, regrada pela Contrarreforma. N.º de Inventário: 1957. 1133.
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Do ponto de vista estrutural e iconográfico, esta escultura de vulto, de dimensão considerável e produção erudita, corresponde na maioria dos seus pormenores à representação regular de São Francisco de Assis.

Pautada pelas considerações da Contrarreforma, esta iconografia privilegia e difunde o Santo tonsurado (mediante tonsura interrompida), com o seu rosto barbado. No qual o tratamento capilar rigoroso evidencia ondulação e uma barba bífida (similar à que vislumbramos na maioria das representações de Cristo).

Agregada a estes pormenores predomina a magreza ascética que demarca o volume corporal de Francisco que, nesta representação, conserva os seus atributos essenciais. Desde as sandálias nos pés, ao crucifixo na mão direita e ao hábito cingido por um cordão com diversos nós, por vezes alegóricos às próprias virtudes da sua hagiografia e Ordem.

No conjunto das esculturas franciscanas expostas na cenografia da “Sala da Capela de Delães” do Museu de Lamas esta Imagem corresponderá ao exemplar de maior valia. Quer pelo realismo e expressividade assente numa gestualidade suplicante - preconizada pela mímica da face, exibição do crucifixo e colocação da mão esquerda sobre o peito – quer pelo tratamento e riqueza de materiais. Não obstante algumas das patologias que o restauro visará debelar e que ocultam pormenores desta obra, pelo estofado visível, o tom dourado prevalece na indumentária do Santo. Contrastando com a tonalidade escura, próxima do castanho sobretudo, que demarca e caracteriza a restante estatuária de São Francisco, tanto de cariz erudito como de matriz popular.

Diagnóstico Prévio

Em linhas gerais, esta escultura de vulto de S. Francisco de Assis denota razoabilidade no seu estado de conservação. Todavia, prevalece desgaste acentuado ao nível da camada cromática, quase impercetível. Assim como, do douramento, ou seja, da folha de ouro visível. Subsiste também a existência de escorrências de verniz bem evidentes, essencialmente nas mãos do Santo. Quanto ao suporte, existe uma fissura no braço direito da imagem, colada e reforçada com elemento metálico na zona do cotovelo. Na base, remanescem igualmente elementos metálicos e fissuras.

Proposta de tratamento

  • Limpeza mecânica e/ou química
  • Fixação da camada cromática
  • Levantamento de repintes da base
  • Reintegração cromática pontual
  • Aplicação de camada de proteção

São Francisco de Assis

Escultura de vulto concebida em madeira policromada e carnada, de produção espontânea, desprovida, de certo modo, de realismo exacerbado, proporção e movimento. Correspondente na sua autoria a um núcleo regional / santeiro de cariz popular. Enquadrável nas diretrizes próprias da imaginária religiosa portuguesa do século XVII e iconograficamente regrada pela norma tridentina na abordagem a São Francisco de Assis (imitando, no hábito e atributos por exemplo, as Imagens coevas de produção oficinal erudita). N.º de Inventário: 1957. 1136.
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Com os membros restritos, na grande maioria da sua volumetria, ao bloco central e ao hábito figurado, São Francisco de Assis, correspondendo ao formato iconográfico que a Contrarreforma impôs e o século XVII legitimou e difundiu, exibe dois dos seus atributos regulares: o Livro e o Crucifixo.

Quanto ao Livro com a regra da Ordem, prevalece na mão direita do Santo, dada a sua condição de fundador dos “Frades menores”. Já o Crucifixo é exposto pela homónima esquerda, aludindo simbolicamente ao momento hagiográfico no qual São Francisco vivencia a experiência e visão espiritual de Cristo Crucificado, originária da sequente estigmatização ascética do seu próprio corpo (acolhedor das mesmas chagas cristológicas tanto nas mãos, como nos pés e costado).

Dada a rigidez de movimento identificável na maioria deste volume escultórico, apenas contrariada pela ligeira flexão que se vislumbra nos braços e avanço subtil do pé direito face ao esquerdo (ambos com sandálias), a frontalidade prevalece nesta representação. Acentuada não só pelo posicionamento, olhar e hieratismo do rosto desprovido de expressão e proporcionalidade, visível, por exemplo, na amplitude do seu nariz e orelhas. Como pelos pregueados retos e verticais da indumentária (do hábito castanho escuro cingido por um cordão omisso nos seus nós), e dos segmentos paralelos, despojados de qualquer ondulação, que dinamizam o próprio tratamento capilar, tanto na barba como no cabelo do Santo. Cabelo esse que se distribuiu por uma tonsura que circunda de forma contínua o crânio de Francisco e estabelece uma analogia à “Coroa de Espinhos” da Crucificação de Jesus. Aliás, uma iconografia capilar transversal a diferentes ordens monásticas.

O entalhe “em bloco”, assim como o imobilismo global da composição, a mímica contida, a falta de proporção ou de realismo exacerbado (flagrante no rosto figurado ou no trato dos panejamentos), são sintomáticos da produção de cariz espontâneo, coletiva ou individual, dita popular, da qual esta imagem provém. Todavia, à semelhança de outras deste meio, não obstante a execução denotar fragilidades técnicas próprias de quem as preconiza mais por devoção do que por ofício – carecendo de formação, ou mesmo habilidade especializada para o efeito - os modelos da Imaginária popular seguem os exemplos do quadro oficinal erudito. Imitando-os, repetindo-os e reproduzindo-os com maior ou menor sucesso. Aliás, a dicotomia de erudito e popular distingue e caracteriza a escultura religiosa do Barroco em Portugal, seja na centúria de seiscentos (séc. XVII) como na de setecentos (séc. XVIII).

Diagnóstico Prévio

Esta escultura de vulto de S. Francisco de Assis apresenta, na sua generalidade, um estado de conservação razoável.

Como problemáticas de maior evidência observáveis nesta Imagem, identificamos o número significativo de marcas do ataque de insetos xilófagos. E, consequentemente, da fragilização provocada na madeira, descortinável sobretudo na zona do peito e cordão do hábito (parcialmente desaparecido). Em simultâneo, elencamos a prevalência de parcas lacunas ao nível da camada de preparação e suporte do hábito. Bem como, a existência de hipotéticos repintes no rosto e livro que Francisco exibe na mão direita.

Proposta de tratamento

  • Limpeza química e/ou mecânica
  • Desinfestação
  • Levantamento de repintes
  • Preenchimento de lacunas
  • Reintegração cromática
  • Aplicação de camada de proteção

São Francisco de Assis

Escultura de vulto concebida em madeira policromada, estofada, dourada e carnada, de produção correspondente a um núcleo / oficina portuguesa de cariz erudito. Enquadrável nas diretrizes próprias da imaginária religiosa do século XVII, cuja iconografia demonstra anuência perante as considerações e cânones da Contrarreforma. N.º de Inventário: 1957. 1131.
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Tendo por base o tipo de tratamento de cariz realista, a expressividade do rosto, a proporção equilibrada, as noções de movimento explícitas pelos pregueados serpeantes da indumentária, a flexão subtil do joelho e o avanço da sua perna esquerda face à direita, esta obra escultórica de vulto pleno corresponde ao laivo criativo da produção de imaginária erudita do século XVII.

A partir do entalhe rigoroso da madeira e do preciosismo técnico da policromia, estofo, douramento e carnação aplicada, a iconografia estabelecida corresponde às opções prediletas da Contrarreforma na difusão do Santo Franciscano. Desde logo, a anatomia de Francisco denota magreza ascética, visualmente disseminadora da pobreza, privação, castidade, ascetismo, penitência e sacrifício que, por opção e devoção, regraram a sua biografia enquanto religioso.

Já do ponto de vista dos atributos regulares exibe na sua mão direita um Crucifixo. Tal ícone remete o observador para a devoção do Santo a Jesus, ao Crucificado e à própria visão que experiencia no episódio hagiográfico da estigmatização.

Quanto à indumentária, nesta obra e acomodando a norma habitual, a figura franciscana definida enverga o hábito da “Ordem dos Frades menores”. Um traje dominado pelo tom escuro, castanho sobretudo, rematado nalgumas extremidades por faixas douradas, típicas da riqueza visual que o Barroco português privilegia. Aliás, o douramento identificado repete-se no tratamento do próprio cordão que cinge esta veste.

Por fim, sinalizando alguns dos aspetos expressivos, capilares e identitários mais relevantes e que predominam nesta escultura de São Francisco de Assis, é plausível a referência à mímica dramática da face estruturada (na qual sobressai a boca entre aberta). Assim como, o destaque da emblemática tonsura distribuída à volta do crânio de Francisco. Neste caso interrompida e com o cabelo subtilmente ondulado. Ondulação que demarca também a sua barba bífida, análoga à de Cristo, o modelo que reproduz em vida e de quem, por experiência sublime e visão mística, recebe os estigmas no próprio corpo.

Diagnóstico Prévio

Esta escultura de vulto de São Francisco de Assis encontra-se em mau estado de conservação. No cômputo geral, tal diagnóstico sinaliza indícios do ataque severo de insetos xilófagos, acompanhado por lacunas volumétricas disseminadas por toda a obra. Já a mão esquerda denota estropiamento dos dedos. Uma carência de volumes que se estende por parte do cordão que cinge o hábito franciscano. Quanto à mão direita subsiste uma falha estrutural não só no dedo mínimo, como grande parte do seu anelar foi substituído e repolicromado. No quadro das problemáticas evidentes nesta escultura, identificamos também o destacamento da camada pictórica, principalmente no remate inferior das vestes. Tal como, a prevalência de repintes por toda a representação e lapsos ao nível da camada pictórica e do próprio suporte. No quadrante inferior esquerdo do hábito, é notória uma falha volumétrica preenchida com madeira desprovida de policromia. Nesta análise prévia, salta à vista a presença de cortes na perna direita e no braço esquerdo desta figuração, acompanhados das respetivas perdas estruturais.

Proposta de tratamento

  • Limpeza mecânica e/ou química
  • Desinfestação
  • Consolidação
  • Levantamento de repintes
  • Preenchimento de lacunas
  • Reintegração cromática
  • Aplicação de camada de proteção

São Francisco de Assis

Escultura de vulto concebida em madeira policromada, estofada, dourada e carnada. Embora contemple alguns laivos de realismo, sobretudo na expressividade do rosto, dramatismo da pose e sugestão de pregueados na indumentária. O exagero e desproporcionalidade dos seus membros face ao volume e dimensão corporal, indiciam maior proximidade da autoria desta obra ao contexto produtivo de um santeiro português de cariz popular. Enquadrável nas diretrizes próprias da estatuária religiosa do século XVII, a iconografia concebida está de acordo com a norma tridentina na abordagem a São Francisco de Assis. Tentando imitar, na sua mímica e hábito por exemplo, modelos ou Imagens coevas de produção oficinal erudita. N.º de Inventário: 1957.1132
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Sintomática dos cânones emanados da Contrarreforma, esta abordagem escultórica à figura de São Francisco de Assis privilegia a concretização identitária do Santo com o rosto barbado (mediante barba bífida, análoga à de Cristo) e o crânio tonsurado, rodeado por volumes capilares ondulados.

Na sua definição estrutural e iconográfica, apesar de desprovida de alguns dos atributos mais comuns ao reconhecimento do Santo (o Crucifixo ou o Livro da regra, estropiados, porventura, com o próprio avanço da degradação desta obra), a imagem reproduz o vestuário típico da “Ordem dos Frades menores”. Nomeadamente, o hábito que cobre a magreza ascética do seu corpo. O cordão que cinge essa mesma veste e contempla vários nós, alegóricos na sua quantidade às virtudes da hagiografia de São Francisco. E, por fim, as sandálias nos seus pés.

Do ponto de vista estético, esta escultura religiosa reflete, em parte, uma mescla de soluções próprias da dicotomia discernível e dominante no contexto produtivo do Barroco português e ultramarino. Um período no qual, estendendo-se pelos séculos XVII e XVIII, a execução de imaginária lusíada proveio dos meandros laborais e especificidades técnicas de corporações, oficinas, artistas ou artífices de classificação “erudita”. Assim como, do conhecimento empírico de “santeiros populares”. Apesar da distinção inata que estas terminologias abarcam quando aplicadas à disciplina escultórica - desde logo o vocábulo “erudito” pressupõe maior qualidade e a palavra “popular” menor rigor - o quadrante “popular” tentou seguir, imitar, reproduzir e por vezes apropriar-se de algumas soluções do foro erudito, tratando-as de modo mais rústico (o douramento ou o esgrafitado por exemplo).

Não obstante o mérito da intenção, as Imagens obtidas no contexto produtivo “popular” foram, na sua grande maioria, carecedoras de conhecimento técnico. Tornando-as maioritariamente simplistas, desproporcionais, estáticas, pouco virtuosas, desprovidas de realismo. E, nalguns casos, com omissões iconográficas. A variabilidade deste tipo de produção, restrita essencialmente a Homens do Povo desprovidos de instrução técnica rigorosa e formação académica, oscila entre as boas imitações de Imagens eruditas e a repetição grotesca ou caricata de algumas delas. Mais do que estética ou aparência, dominante na vertente erudita, a Imaginária popular teve no simbolismo associado o veículo primordial para comunicar com os devotos.

Na obra escultórica em análise, pese embora prevaleçam alguns pormenores capazes de insinuar determinadas aproximações ao contexto e às práticas correntes das oficinas de produção erudita. Tais como o entalhe de vulto inteiro, o estofo, a policromia, o douramento, o esgrafitado e a carnação aplicadas sobre a madeira, ou mesmo a mímica do rosto, o tratamento capilar, o dramatismo da pose, a sugestão de pregueados na indumentária ou os motivos dourados aplicados sobre o hábito castanho-escuro. Por sua vez, o médio porte, a restrição dos pés de São Francisco à base, a frontalidade, a rigidez dominante, a desproporcionalidade do volume da sua cabeça e a extensão exagerada dos membros superiores diante do corpo (ostensivamente elevados), enquadram este exemplar como resultado hipotético do labor de um núcleo / santeiro regional de cariz popular. Que, na génese, tentou repetir, com domínio técnico e interpretativo limitado, diferentes matrizes do meio especializado (dito “erudito”).

Dada a complexidade do tema e a escassez de fontes ou estudos aprofundados capazes de aferir as propriedades associadas à criação e legado desta obra, a sua classificação como “popular” não deve ser tida como irrefutável. Há fatores plausíveis para a determinar num “limbo” / situação fronteiriça entre as duas realidades produtivas do Barroco português. Porventura reminiscente do envolvimento de mais do que um agente na execução, complemento e/ou alteração desta escultura de vulto tanto na cronologia de efetivação como nos anos subsequentes até chegar, séculos depois, ao Museu de Lamas. Cujo conhecimento e domínio prático seria visivelmente discrepante.

Diagnóstico Prévio

Na observância desta escultura de imaginária representativa de São Francisco de Assis é percetível a razoabilidade do seu estado de conservação. Dentro dessa razoabilidade uma das vicissitudes mais premente manifesta-se mediante a identificação de repintes diversos. No quadro desses repintes e aplicação de determinadas substâncias pela sua extensão, ao nível do hábito e carnações sobressaem escorrências de verniz com escurecimento acentuado. Tanto no rosto como nas mãos, são discerníveis algumas fissuras. Curiosamente, restam nessas lacunas vestígios do preenchimento, repinte e escurecimento recebidos no decurso de uma intervenção antecessora. Sobejamente inapropriada e mal executada.

Proposta de tratamento

  • Limpeza mecânica
  • Limpeza química
  • Levantamento de repintes
  • Preenchimento de lacunas
  • Reintegração cromática pontual
  • Aplicação de camada de proteção

São Francisco de Assis

Escultura de vulto modelada e aprimorada em madeira policromada, estofada, dourada e carnada, advém de produção congruente à atividade de um núcleo / oficina portuguesa de cariz erudito. Enquadrável nas diretrizes próprias da imaginária religiosa seiscentista (séc. XVII), regrada pela Contrarreforma. N.º de Inventário: 1957.1135.
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Num claro realce ao episódio místico mais significativo da hagiografia de São Francisco de Assis – a inusitada visão ascética de Cristo crucificado e estigmatização do seu próprio corpo com as chagas correspondentes – a expressão e gestualidade preconizadas (congruentes com a permuta de paradigma que a Contrarreforma incutiu e o Barroco acolheu), dirigem-se ao Crucifixo que exibe. Suportado através da mão direita, capaz de o elevar ao patamar da contemplação dos seus próprios olhos.

Já a mão esquerda, em virtude da sua colocação junto ao peito, sinaliza e orienta o observador para o rasgo vigente no hábito franciscano. Cuja abertura permite discernir a ferida do costado do Santo, análoga à de Jesus e procedente do episódio da estigmatização.

Do ponto de vista plástico, este trabalho de escultura de vulto em madeira policromada, estofada, dourada e carnada, deriva dos pressupostos realistas-naturalistas inerentes à produção de Imaginária religiosa erudita, situável no século XVII. O manifesto domínio técnico e pictórico é flagrante no trato anatómico, carnação, proporção e equilíbrio extensíveis pela totalidade desta figuração.

Às características enumeradas acresce a expressividade, movimento e tipologia dos pregueados do hábito castanho-escuro (típico da indumentária da “Ordem dos Frades menores” e cingido por cordão dourado). Assim como, a ondulação da barba bífida e a extensão capilar da tonsura contínua e circular ao crânio do Santo.

Diagnóstico Prévio

Esta escultura de vulto de São Francisco de Assis apresenta um razoável estado de conservação. Porém, no antebraço direito verifica-se a existência de madeira desprovida de policromia. Bem como, de uma lacuna volumétrica na manga.

Ao nível das mãos, na esquerda identifica-se a amplitude de um corte contínuo nos 4 dedos. E, na direita, a falange do dedo médio foi substituída por madeira desguarnecida de carnação.

Já no segmento inferior desta obra, vislumbra-se a colagem e união deficiente do pé esquerdo. Concomitantemente, observam-se resquícios de elementos metálicos e a vigência de lacunas volumétricas na parte frontal e lateral da base.

Do ponto de vista cromático distribuem-se repintes generalizados. Constantes no hábito, carnações, cabelo e barba. Quanto à base entalhada e policromada apresenta destacamentos diversos na sua camada cromática.

Proposta de tratamento

  • Limpeza mecânica
  • Limpeza química
  • Fixação da camada cromática
  • Levantamento de repintes
  • Preenchimento de lacunas
  • Reintegração cromática
  • Aplicação de camada de proteção

Núcleo de temática cristológica – Iconografia da Paixão

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“Ecce Homo” / “Senhor da Cana verde”

Cristo sentado, com manto vermelho e coroa de espinhos – estropiada em parte - aguardando a condenação no “Gábata”, após exibição pública por parte de Pilatos) ou Imagem cristológica extraída de conjunto expressivo da “Cena de Opróbrios” (que não terá chegado na sua totalidade ao Museu de Lamas) - Escultura de vulto concebida em madeira policromada, estofada e carnada, de produção correspondente a um núcleo / oficina portuguesa de cariz erudito, embora denote parcos desequilíbrios de proporção nalguns dos seus membros. Formal e Iconograficamente corresponde às diretrizes próprias da imaginária religiosa da segunda metade do século XVII, regrada pela sobriedade imposta pelos desideratos da Contrarreforma. N.º de Inventário: 1957. 1175.
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Embora prevaleçam parcos desequilíbrios proporcionais nalguns membros, esta obra escultórica advém da realidade produtiva de cariz erudito. Uma classificação sustentada não só pela dimensão técnica e tipologia de materiais envolvidos. Mas essencialmente pela expressividade e dramatismo da mímica facial de Jesus, a dinâmica do panejamento associado – um manto escarlate de pregueados bastante profusos – a pormenorização maioritária da sua anatomia (sobretudo no trato do seu costado). E, por fim, a ondulação e realismo verificados no tratamento capilar ondulado (tanto na barba bífida como no cabelo longo).

Do ponto de vista iconográfico, esta Imagem de vulto, concebida mediante o entalhe da madeira, posteriormente policromada, estofada e carnada, veicula, de acordo com a doutrina produtiva da segunda metade do século XVII e como primeira hipótese interpretativa, uma possível variante do episódio base que se intitula “Ecce Homo” (em português, “Eis o Homem”).

Proveniente de fontes neotestamentárias (do “Novo Testamento”), no quadro da Arte sacra portuguesa este registo assume, por vezes, a nomenclatura paralela de “Senhor da Cana Verde”. Em bom rigor, dado o posicionamento figurado, com Cristo sentado, para além da mera referência nominal e abordagem individual do “Ecce Homo”, importa mencionar como plausível a possibilidade desta escultura advir de um conjunto que se dissipou. Expressivo das ocorrências que antecedem o pronúncio de Cristo como “Ecce Homo”. 

Ou seja, a “Coroação de Espinhos” e a “Cena de Opróbrios”, nas quais Jesus sentado, resignado, flagelado (como indicia a sua carnação), e aprisionado por cordas nas suas mãos, receberia insultos e escárnio por parte dos verdugos. Que, apelidando-o de “Rei dos Judeus”, impõem-lhe uma “Cana Verde” (que esta escultura perdeu), como símbolo de “ceptro régio”, um “manto vermelho” análogo ao “manto real”, pendido a partir dos ombros, apoiado nas pernas e caído até à contiguidade do chão. E, por fim, a “coroa” de espinhos (parcialmente fragmentada neste caso).

Diagnóstico Prévio

Na sua generalidade, esta escultura de vulto representativa da iconografia do “Ecce Homo” / “Senhor da Cana Verde” denota razoabilidade no seu estado de conservação. Apresenta uma falha volumétrica na coroa de espinhos, mormente no seu quadrante direito. Assim como, um craquelado ostensivo e disseminado no rosto. Mas que, não obstante a sua prevalência, subsiste uma outra carnação por baixo, desprovida de camada de preparação.

No quadro das vicissitudes discerníveis, há uma ligeira presença de escorrências nos braços e mãos de Jesus. Algumas fissuras, nomeadamente uma no ombro direito e vestes junto à perna direita. Pequenas lacunas volumétricas em ambos os lados. Cortes diagonais e deficiente colagem nos dois pés.

Por fim, remanesce um repinte total ao nível da base, marcada por falhas estruturais e polícromas no segmento direito e várias fissuras descortináveis na própria estrutura sobre a qual Cristo permanece sentado. 

Proposta de tratamento

  • Limpeza mecânica
  • Limpeza química
  • Levantamento de repinte no rosto
  • Reintegração pontual
  • Aplicação de camada de proteção

“Crucificação simbólica” / “Drama do Calvário” (Jesus morto de três cravos, Maria e São João Evangelista)

Esculturas de vulto concebidas em madeira policromada, estofada, dourada e carnada, de produção correspondente a oficinas portuguesas de cariz erudito. Enquadráveis nas diretrizes próprias da imaginária religiosa situada entre o término do século XVII e o desdobramento da centúria de XVIII, regrada pela Contrarreforma. N.º de Inventário: 1957. 1164 a, b e c.
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Conjugadas mediante o propósito de constituir um núcleo difusor da especificidade iconográfica da “Crucificação simbólica” / “Drama do Calvário”, com Cristo ao centro ladeado por Maria e São João Evangelista, estas obras de vulto inteiro procedem de contextos produtivos / oficinas de imaginária distintas entre si. Em particular, Jesus morto corresponderá a uma autoria e, pelas características da abordagem aos drapeados ou esgrafitado dos panejamentos, bem como da própria anatomia (no tipo de mãos, registo capilar, volume e mímica do rosto), Maria e São João advêm, porventura, de outro eixo de execução (comum a ambos).

Observável na “Sala da Capela de Delães”, a congregação deste Cristo com as Imagens de Maria e São João ocorreu, por certo, em virtude da sua incorporação na cenografia e acervo do Museu de Lamas. Idealizado, estruturado e financiado por Henrique Amorim a partir da mescla de objetos de proveniências díspares, mas desprovidos de fontes ou testemunhos que propiciem um conhecimento mais alargado sobre o seu legado. 

Embora unidas à posteriori da sua existência prévia, pela matriz realista, tanto na definição corpórea como nas vestes, estas esculturas sublinham, pela sua estética e articulação, a dureza física, mas principalmente emocional da morte de Jesus na ocorrência da sua Crucificação. Ao centro, a figura cristológica capitaliza a atenção pela expressividade e crueza do corpo flagelado, marcado numa porção significativa da sua anatomia. Como panejamento único traja, a partir dos seus quadris, o habitual perizonium(o dito “pano do pudor”).Já o rosto posiciona-se voltado para a região do ombro direito e a sua presúria ao madeiro da cruz sobrevém de três cravos (dois deles trespassam as mãos e o último atravessa, simultaneamente, os dois pés sobrepostos).

À comoção explícita, desde logo, pelo realismo do corpo morto de Jesus, sobeja o carpir e a piedade da postura discernível nas duas figuras que o enquadram. Não obstante a hipotética disparidade autoral verificada entre Cristo e as duas Imagens acopladas à narrativa instituída, Maria, à direita do crucificado – esquerda do observador – enverga manto, véu azul com faixa de douramento e túnica rosada / acastanhada marcada por parcos pormenores de esgrafitado. Na sua condição de mãe do supliciado, exprime o seu sofrimento exacerbado pelo semblante facial e colocação das mãos sobre o corpo. Tal lamento, dissemina-se pela mímica e gestualidade de São João, colocado à esquerda de Jesus – direita do observador - adornado pelo manto vermelho e alva esverdeada. Que, inusitadamente, acolhe o mesmo tipo de esgrafitado descortinável na figura mariana.

Diagnóstico Prévio

“Jesus morto de três cravos”

Nesta escultura subsiste razoabilidade no seu estado de conservação. Como principais vicissitudes discerníveis destacam-se a presença de poeiras e sujidades aderentes, agregadas a escorrências de verniz (?) e notórias por toda a extensão da obra. Todavia, a maior incidência verifica-se nos braços, mãos e pés da figura cristológica. Por fim, restam falhas volumétricas na mão direita e braços com junções móveis.

“Maria”

Esta escultura de imaginária denota, do ponto de vista genérico, um razoável estado de conservação. Porém, restam vestígios de ataque xilófago e alguma perda de coesão ao nível do suporte, sobretudo na zona inferior do tardoz. Evidencia-se a substituição da falange do dedo da mão esquerda por madeira desprovida de policromia.

É descortinável o uso de “stencil” decorativo nas vestes de Maria. E, nesses mesmos panejamentos, subsiste repolicromia total, desguarnecida de separação da policromia original por camada de preparação. Nas carnações verificam-se escorrências, principalmente nas mãos e no interior do manto. A base é policromada, mas fustigada pela presença de elementos metálicos diversos.

“S. João Evangelista”

A Imagem de vulto de São João Evangelista apresenta, na sua generalidade, um estado de conservação aceitável. Todavia, predominam repintes ao nível do vestuário, carecedores de separação por camada de preparação entre segmentos polícromos. A par da repolicromia visível, identifica-se o recurso a “stencil” para ornamentação dessas mesmas velaturas. Como problemáticas principais, esta escultura possui vestígios de ataque pontual de inseto xilófago. Uma tentativa de reconstituição das vestes na zona da cintura, acima do cinto. Bem como, a existência do preenchimento de uma falha volumétrica com madeira não policromada. Evidente na manga esquerda. No quadro das patologias descortináveis enumeram-se também determinadas escorrências, sobretudo no pescoço e mãos. E, por fim, ao nível da base prevalece um corte junto ao pé direito e que alastra à indumentária.

Proposta de tratamento

“Jesus morto de três cravos”

  • Limpeza mecânica
  • Limpeza química
  • Reintegração cromática pontual
  • Aplicação de camada de proteção

“Maria”

  • Limpeza mecânica
  • Limpeza química
  • Desinfestação
  • Levantamento de repintes
  • Preenchimento de lacunas
  • Reintegração
  • Aplicação de camada de proteção

“S. João Evangelista”

  • Limpeza mecânica
  • Limpeza química
  • Levantamento de repintes
  • Preenchimento de lacunas
  • Reintegração
  • Aplicação de camada de proteção

“Crucificação simbólica” / “Drama do Calvário” (Jesus morto de três cravos, Maria e São João Evangelista)

Esculturas de vulto concebidas em madeira policromada, estofada, dourada e carnada, de produção correspondente a oficinas portuguesas de cariz erudito. Enquadráveis nas diretrizes próprias da imaginária religiosa estabelecida entre o término do século XVII e o decurso da centúria de XVIII, regrada pela Contrarreforma. N.º de Inventário: 1957.1165 a, b e c.
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Embora associadas no propósito de figurar um conjunto iconográfico expressivo da “Crucificação simbólica” / “Drama do Calvário”, com Cristo ao centro ladeado por Maria e São João Evangelista, estas esculturas procedem de contextos produtivos / oficinas de imaginária distintas entre si. Ou seja, Jesus morto corresponderá a uma autoria e, pelos pormenores característicos do trato anatómico (especificamente do volume das mãos, modelo capilar e tipologia de rosto), Maria e São João advêm, porventura, do mesmo quadro de execução. Sendo a tríplice criada remanescente, em exclusivo, à incorporação destes elementos no espólio e cenografia idealizada e acoplada por Henrique Amorim na extensão do Museu de Lamas.

De configuração realista, tanto na anatomia como na indumentária, estas obras sublinham a dureza física e emocional da narrativa e morte de Jesus na Crucificação. Com o corpo flagelado, perizonium como panejamento singular, rosto prostrado sobre o ombro direito e três cravos (dois deles trespassam as mãos e o último transpõe, concomitantemente, os dois pés sobrepostos), este Cristo morto agrega-se ao preito e dramatismo posicional das duas imagens que o enquadram. Maria, sua mãe, de vestes azuis, mímica sofredora e mãos unidas numa atitude orante. A mesma que São João, de túnica esverdeada e manto vermelho, assume.

Diagnóstico Prévio

“Jesus morto de três cravos”

Esta obra evidencia um mau estado de conservação, extensível à maioria da sua amplitude. Em primeiro lugar prevalece uma deficiente adesão entre a Imagem de Jesus e a cruz. Aliás, é notória a discrepância de tratamento da Cruz em relação ao próprio Cristo, o que, de certo modo, sugere a agregação destes elementos numa cronologia posterior à definição da figura cristológica.

Para além dessa característica, predominam destacamentos acentuados e lacunas da camada cromática por toda a escultura. Problemáticas às quais se somam, igualmente, vestígios pontuais de ataque xilófago (com sobeja incidência na cabeça e fração esquerda da obra, desde o joelho até ao perizonium - o “pano do pudor” que cessa nos quadris de Cristo). Neste registo enumeram-se vestígios de poeiras e sujidades aderentes, com predomínio ao nível da cabeça e tardoz. Patologias às quais se associam a escorrências, maioritariamente nos antebraços e abaixo dos joelhos de Jesus. Por fim, existem lacunas volumétricas descortináveis nos dedos de ambas as mãos.

“Maria”

Em linhas gerais, esta escultura de Maria denota razoabilidade no seu estado de conservação. No entanto, toda a superfície da indumentária, originalmente estofada e esgrafitada, encontra-se repolicromada e desprovida de separação das camadas por intermédio de materiais de preparação. Vislumbram-se igualmente poeiras e sujidades aderentes. Assim como, uma falha volumétrica de grandes dimensões no quadrante inferior das vestes.

Por fim, identificam-se nesta obra algumas marcas de ataque xilófago pontual e predecessor na sua base e tardoz. Tal como, de um elemento metálico na zona nevrálgica dessa mesma base.

“S. João Evangelista”

A escultura, na sua amplitude e na generalidade, revela um estado de conservação razoável. À semelhança daquilo que se observa na Imagem de Maria, é percetível a presença de estofado nas vestes de João. Porém, esta superfície encontra-se repolicromada na totalidade, mas desprovida de separação das suas camadas por estrato preparatório.

A par desta especificidade, prevalecem algumas lacunas volumétricas nesta obra, nomeadamente na manga esquerda. Assim como, colagens irregulares em ambas as mãos, entrelaçadas, e uma deficiente união das mesmas.

Ainda nas mãos, verifica-se a substituição dos dedos indicador e médio da direita, através de madeira desguarnecida de policromia. E a mesma prática replica-se no indicador esquerdo.

Já ao nível da base, policromada e na qual existe uma fissura de grandes dimensões (entre os pés do Santo), identificam-se certos elementos metálicos. Presentes também nas mãos. Sendo estes últimos de fixação.

Proposta de tratamento

“Jesus morto de três cravos”

  • Limpeza mecânica
  • Limpeza química
  • Desinfestação pontual
  • Preenchimento de lacunas
  • Reintegração cromática
  • Aplicação de camada de proteção

“Maria”

  • Limpeza mecânica e/ou química
  • Desinfestação
  • Levantamento de repintes
  • Preenchimento de lacunas
  • Reintegração cromática
  • Aplicação de camada de proteção


“S. João Evangelista”

  • Limpeza mecânica
  • Limpeza química
  • Levantamento de repintes
  • Reintegração cromática
  • Aplicação de camada de proteção

“Crucificação simbólica”, com Cristo morto de três cravos

Escultura de vulto, concebida em madeira policromada e carnada, de produção espontânea, desprovida, de certo modo, de realismo exacerbado ou proporção. Correspondente, na sua autoria, a um núcleo regional (extensível à diáspora lusíada) / santeiro de cariz popular. Enquadrável nas diretrizes próprias da imaginária religiosa portuguesa do século XVII. N.º de Inventário: 1957.1161 b e c.
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Com sobeja desproporcionalidade anatómica e carência de realismo, esta obra de imaginária religiosa, concebida em madeira policromada, carnada e de cariz popular, difunde a iconografia da “Crucificação simbólica”. Ou seja, privilegia o vulto isolado de Cristo morto, com o rosto subtilmente voltado para o ombro direito, agregado ao madeiro da Cruz latina por três cravos (dois deles perpassam as suas mãos e o último perfura, conjuntamente, os dois pés sobrepostos).

Em termos pictóricos, as maiores evidências desta Imagem residem no trato dos joelhos flagelados, no posicionamento e sugestão de pregueados do perizonium modelado a partir dos quadris. E, por fim, no tipo de barba bífida e cabelo liso definido (contrastante com a ondulação habitual que pauta o registo capilar de Jesus). Sintomático, porventura, da espontaneidade e falta de domínio escultórico do seu contexto autoral. Ou, quiçá, de alguns modelos cristológicos típicos da diáspora portuguesa.

Diagnóstico Prévio

Esta escultura apresenta um razoável estado de conservação, destacando-se, como patologias mais relevantes, a presença de poeiras e sujidades aderentes. Assim como, escorrências de verniz (?) profundamente evidentes por toda a Imagem. Concomitantemente, denota um hipotético repinte ao nível da barba.

Proposta de tratamento

  • Limpeza mecânica
  • Limpeza química
  • Reintegração cromática
  • Aplicação de camada de protecção

“Lamentação sobre Cristo morto” (excerto escultórico, por certo incompleto, figurativo de Maria, São João Evangelista e Maria Madalena)

Volume escultórico concebido em madeira policromada, estofada, dourada, esgrafitada e carnada, de produção correspondente a núcleos / oficinas portuguesas de cariz erudito. Enquadrável nas diretrizes próprias da imaginária religiosa situada entre o término do século XVII e o desenrolar da centúria de XVIII, regrada pela Contrarreforma. N.º de Inventário: 1957.1137
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Desprovido do corpo morto de Jesus, o que indicia um certo estropiamento nesta obra, o volume escultórico em causa, aplicado sobre uma base de motivos vegetalistas e florais, circunscreve as figuras de Maria, ao centro, amparada na sua dor por São João Evangelista à sua direita e Maria Madalena à esquerda. Iconograficamente, esta tríplice interpreta a narrativa da “Lamentação sobre Cristo morto”, antecessora do sepultamento e ressurreição subsequente.

Do ponto de vista plástico, este registo beneficia de tratamento realista tanto na fisionomia, como na expressividade facial ou modelação dos elementos capilares e drapeados da indumentária de cada uma das personagens associadas.

Ao nível da paleta cromática observável, salienta-se a mancha azul das vestes de Maria, o contraste de vermelho e verde no traje de São João. E, por fim, a dicotomia de castanho e vermelho na roupa de Maria Madalena. Apontamentos aos quais acrescem faixas e pormenores de douramento.

Diagnóstico Prévio

Esta escultura revela, na generalidade, um estado de conservação razoável. Executada em madeira policromada composta por duas peças móveis (nomeadamente uma base com motivos fitomórficos e o seu topo com representações figurativas de Maria, São João Evangelista e Maria Madalena), como principais problemáticas, identificamos nesta Imagem marcas do ataque de insetos xilófagos no tardoz. Descortina-se uma falha volumétrica no vestuário de Maria (na proximidade do rosto).

Um pouco por toda a escultura, é percetível o destacamento da camada cromática. Assim como, parcas lacunas ao nível do suporte, sobretudo na base de motivos fitomórficos e indumentária de Maria e João. Para além destas problemáticas, acolhe repintes generalizados: tanto nas flores da base, como no traje e carnação das figuras representadas.

Proposta de tratamento

  • Limpeza mecânica e química
  • Desinfestação
  • Fixação
  • Levantamento de repintes
  • Preenchimento de lacunas
  • Reintegração cromática
  • Aplicação de camada de proteção

Contactos

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Parque de Santa Maria de Lamas
4535-412 Santa Maria de Lamas
Telefone: 22 744 74 68
Telemóvel: 91 664 76 85
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