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Áreas temáticas atualmente encerradas
Iniciado a partir de 2004, o programa interventivo de recuperação, conservação, restauro e implementação de um plano museológico/museográfico no Museu de Lamas estende-se até aos dias de hoje.
Numa resposta concreta a necessidades de reconstrução, reformulação e recuperação do seu espaço expositivo e respetivas coleções, algumas áreas temáticas encontram-se encerradas.
Esperamos, no futuro, a respetiva reabertura de forma a proporcionar ao visitante o contacto com novas áreas temáticas e com qualidade expositiva, refletindo também as normas próprias de um complexo museológico atual, que visa prevalecer como exemplo de respeito e preservação pelo património artístico, histórico e cultural.
Assim, encontram-se encerrados os seguintes espaços/salas cujo espólio está integrado nas reservas do Museu:
10-Sala da Cerâmica
12-Sala dos Crucifixos
13-Sala dos Paramentos
14-Câmara dos espelhos e castiçais
15-Gabinete das Armas
Sala 09 - “Sala da Cortiça”
Após longos anos de encerramento ao público e sem o recheio o que a celebrizou (em parte recuperado e recolocado noutras áreas expositivas do Museu), em junho de 2019, graças ao Basqueirart, ramificação artística do Basqueiral - Festival de Música Urbana, este espaço reabriu ao público inaugurando-se assim novas possibilidades para a sua utilização, respetivas memórias e futuro, bem como o debate em torno da urgência de devolver este espaço à comunidade.
Desde então, cumprindo o intuito de transformar a sala da cortiça num espaço multidisciplinar, capaz de acolher as mais diversas manifestações artísticas, várias iniciativas têm sido promovidas, das quais destacamos o "Halloween no Museu", o projeto "Tetr(4)is - Laboratório de construção participativa" ou o "Basqueiral no Museu".
O espólio anteriormente exposto na Sala da Cortiça que foi possível recuperar, integra atualmente o núcleo expositivo “Cortiça: Estórias da História” patente na Sala da Estatuária.
Na sua génese este núcleo conjuga um rol de dicotomias constantes entre “Arte e Indústria”; “Histórias e Estórias” do território e povo português; “Labor e Idílio”, “Natureza e Feitoria Humana”, “Erudição e Espontaneidade”; “Religiosidade e Valores políticos”, “Etnografia local, concelhia e nacional”. E ainda, referências a “Monumentos Pátrios e Registos de tributo pessoal”. Deste modo, nestes contextos expositivos específicos distinguem-se:
Os “Fragmentos de Cortes de Sobreiro”; as “Pranchas e Traços / Rabanadas de Cortiça para Brocagem e fabrico de Rolhas cilíndricas naturais”; as “Rolhas cilíndricas de Cortiça natural” de diferentes categorias; as “Aparas resultantes de Brocagem”; a “Reprodução escultórica de uma Fábrica de transformação de Cortiça do início do séc. XX”, composta pela evocação de todos os “passos” necessários desde o “Descortiçamento” / “Tiradia” e respetivo transporte, à preparação, tratamento e expedição final das “Rolhas cilíndricas de Cortiça natural” após modelação na “Garlopa Manual”, “Brocagem” e “Escolha”. Um “Amolador de facas” ou “Rebolo” para uso em contexto de transformação corticeira; duas facas, uma “Faca de traçar Pranchas de Cortiça” e outra, denominada na “gíria corticeira” de “Burro”; uma “Garlopa Manual” e uma “Broca a pedal” de produção rolheira; uma “Banca de escolha manual” das diferentes categorias das “Rolhas cilíndricas de Cortiça natural”; uma “Ponçadeira” de ajuste e calibragem das “Rolhas cilíndricas de Cortiça natural”. Uma recriação artística, em Cortiça natural e Aglomerado de cortiça de “Profissões da portugalidade”, nomeadamente um “Azeiteiro Vinagreiro”; uma réplica, de escala miniatural modelada através de Cortiça natural e Aglomerado de Cortiça, da “Torre de São Vicente” (comummente designada por “Torre de Belém”); uma interpretação escultórica, em Cortiça natural e Aglomerado de cortiça, de uma “Carraca / Nau” de término do séc. XV, alusiva às Campanhas náuticas Orientais da História da navegabilidade e “Descobrimentos portugueses” (1415–1543). E, por fim, a estruturação de um “Padrão laudatório da 1.ª travessia aérea transatlântica de Gago Coutinho (1869–1958) e Sacadura Cabral (1881–1924)” – reproduzidos também em busto – combinado com uma Reprodução corticeira do “Hidroavião monomotor “Fairey III D, n.º 17”. Que, à terceira tentativa e no dia 17 de junho de 1922 completou a primeira travessia aérea do Atlântico Sul - com partida de Lisboa a 30 de março e chegada ao Rio de Janeiro a 17 de junho de 1922.
No quadro do espírito evocativo desta Coleção e Núcleo que, além de evidenciar as potencialidades desta matéria-prima, reflete a identidade da comunidade local e constitui uma verdadeira herança cultural que o Museu de Lamas visa conservar, estudar, difundir e valorizar de forma integral.
Dada a ligação do Fundador do Museu à Indústria transformadora da cortiça, bem como à implantação do Museu em território corticeiro, cumprindo e exaltando o desejo de Henrique Amorim em homenagear esta matéria-prima, ao longo da exposição permanente têm sido incluídas, desde 2011 e com intuito de expandir o alcance do “espólio corticeiro” do Museu, réplicas, em Cortiça e derivados, das obras mais emblemáticas do acervo. Como é o caso do “Núcleo de Escultura Medieval” ou do conjunto temático “São Sebastião: O Voto | A Identidade | A Arte”, por exemplo.